BIM: a arquitetura do futuro já chegou

O BIM na arquitetura é um impacto sem precedentes para o setor, é um grande sopro de modernidade que estimula a mudança total de mindset em relação ao design e à construção. Entenda neste texto porque o BIM na arquitetura é uma metodologia do futuro que já faz parte de muitos escritórios de arquitetura e engenharia no país e no mundo. Arquitetura e BIM: parceria traz mudanças de resultados Pode-se dizer que a pandemia acelerou muitos processos digitais que já estavam batendo às portas dos vários segmentos. No setor AECO, esse futuro já vinha se delineando bem antes da crise sanitária, por meio de uma metodologia, o BIM (Building Information Modeling), já adotada como padrão construtivo em diversos países. O BIM na arquitetura está baseado em 3 pilares (pessoas, processos e tecnologia), e revoluciona todo o ecossistema da construção, que sempre esteve às voltas com a falta de digitalização e sofreu grandes consequências com isso. Resultados que fizeram parte da história AECO antes do BIM na arquitetura: grandes desperdícios, perdas financeiras, erros e retrabalho, falta de transparência em obras do setor público e produtividade estagnada. Além disso, também sempre houve uma falta de consciência ambiental do setor que é o que mais utiliza os recursos naturais e também contribui expressivamente com a emissão de CO2. No entanto, falar em unir o BIM à arquitetura e design é o mesmo que falar em eficiência em todos os braços do setor construtivo. Pesquisas e publicações confirmam essa afirmação. Segundo a publicação “Gerenciamento e Coordenação de Projetos BIM”, de autoria de Sérgio Roberto Leusin, com seus novos processos e software BIM arquitetura, a metodologia promove uma produtividade maior das equipes na ordem de 25% a 50%; redução de prazos de serviços até 25% e redução de custos de 5%. Além disso, uma pesquisa do National Building Specification (NBS), do Reino Unido, onde o uso da plataforma BIM na arquitetura está mais avançado, revelou que automatizar vários processos permitiu aumentar a velocidade de entrega dos projetos para 55% dos profissionais que usavam a metodologia. Incremento tecnológico e um novo mindset O trabalho da arquitetura e engenharia sempre contou com um processo criativo manual até o surgimento do CAD, que permitiu que os desenhos fossem realizados de forma computadorizada. Ainda assim, os erros continuaram porque muitas atividades eram realizadas de forma manual, com a possibilidade de muitos equívocos em fases finais. Esses erros poderiam representar atrasos de meses em uma obra. Agora, com o BIM na arquitetura, todas as informações sobre o projeto são transmitidas por um modelo único, tridimensional e inteligente, que está associado a um banco de dados, que corresponde justamente à letra “I” do acrônimo. São esses dados que dão a esse projeto resultado muito mais assertivo. Além das inúmeras possibilidades de design para os projetos mais complexos, entram na equação: os algoritmos de software BIM para arquitetura e os usos de tecnologias associadas, IoT (Internet of Things), impressão 3D, lasers scanners, realidade aumentada e até construção robótica. Com hardwares aperfeiçoados e softwares, que trazem dados precisos a cada fase do ciclo de vida da obra, o BIM é uma revolução para o setor. O que é o BIM? Arquitetura à frente do tempo? O que pode ser dito de forma geral é que a ferramenta BIM na arquitetura proporciona uma otimização de todos os processos, trazendo mais produtividade, qualidade e rendimentos financeiros. Essas constatações são reforçadas também pela pesquisa da NBS, que revelou que 60% dos profissionais que utilizam o BIM se beneficiam com eficiências de custos. Essa metodologia integra todo o ciclo de vida da uma obra, traz melhor melhor design, que proporciona entendimento de clientes e profissionais envolvidos devido às renderizações realistas, melhor planejamento, compatibilização de projetos, quantificações exatas de materiais e insumos, simulações de desempenho, análises energéticas, melhor previsibilidade de tempo de obra, melhor coordenação e gerenciamento, etc. O sistema BIM para arquitetura também traz uma maior integração entre todas as disciplinas que vão envolver o projeto, que, certamente, começa pelas mãos do arquiteto, porém, também ganha novos elementos a partir das disciplinas MEP, até a criação do projeto executivo, que irá dar todas as orientações necessárias ao início da obra. O modelo tridimensional, criado por meio do BIM na arquitetura, possibilita um quadro incrivelmente realista por meio das representações digitais e as suas simulações, que vão trazer o resultado final da obra física com um grau imenso de fidelidade. É como enxergar o amanhã de forma clara e precisa. A cada nova interferências das disciplinas, o projeto será atualizado em tempo real, e compartilhado com todos os envolvidos, permitindo um grau sem precedentes de colaboração no setor. A comunicação é constante e as informações são confiáveis. Além disso, o BIM na arquitetura também é um incremento para o pós-obra, na fase de manutenção predial, porque todas as informações contidas no projeto possibilitam uma edificação com o melhor desempenho possível. Isso é possível devido às análises de desempenho, onde é permitido prever até como os materiais se comportaram ao longo do tempo. Assim, há uma efetiva redução de custos de operação. Leia mais: ⇒ O que é BIM? Faça um curso de tecnologia BIM na arquitetura Conhecer agora as inúmeras possibilidades que o BIM na arquitetura traz para a indústria construtiva do país é uma questão muito importante para os profissionais que estão de olho na reciclagem e na empregabilidade. Não é para o futuro, é para agora. Ter conhecimento sobre a metodologia e tecnologia propostas pelo BIM permite que o profissional saiba obter melhores resultados ao projetar, planejar, gerenciar, executar e operar uma obra. Além de permitir grandes ganhos financeiros para as empresas construtivas. No tocante ao setor público também oferece uma possibilidade de fazer uma prestação de contas mais eficiente e transparente, evitando superfaturamento de projetos, evitando falhas na construção e compatibilização de informações. Um profissional assim traz grandes benefícios aos projetos que assina, por isso, entre os cursos para arquitetos e engenheiros mais relevantes do momento está o BIM. Uma pós-graduação em BIM para arquitetura e engenharia civil pode alçar o currículo de um profissional a outro patamar. Aqui no Grupo AJ BIM, temos uma pós-graduação em BIM que o prepara para atuar de forma profunda com a metodologia. Trabalhar com o BIM permite um investimento em qualidade e também em satisfação para o seus clientes, portanto, não deixe para depois. Essa é a hora de ganhar mais expertise. Você verá que o BIM na arquitetura poderá ajudá-lo a enxergar muito mais além!

O BIM na arquitetura é um impacto sem precedentes para o setor, é um grande sopro de modernidade que estimula a mudança total de mindset em relação ao design e à construção. Entenda neste texto porque o BIM na arquitetura é uma metodologia do futuro que já faz parte de muitos escritórios de arquitetura e […]

Modelagem BIM: 5 acidentes de percurso que o setor AECO pode evitar

Mudanças importantes estão acontecendo no setor AECO para modernizar o segmento e obter melhores resultados, entre essas inovações, está a modelagem BIM. Entenda neste post o que é modelagem em BIM e as possibilidades que traz para todas as disciplinas envolvidas na cadeia construtiva. O que é modelagem BIM? Existem algumas definições para a modelagem BIM, em geral, pode descrever um processo de criação e gerenciamento de informações digitais. O importante a fixar na hora de entender o que é BIM é que essa é uma metodologia de trabalho colaborativa, que envolve três pilares: processos, pessoas e tecnologia. Só pela definição, a metodologia já foge totalmente dos rumos tomados nas metodologias tradicionais de construção. Traz um modelo tridimensional único e inteligente para todas as disciplinas envolvidas na indústria construtiva. Esse modelo está carregado com um banco de dados, que oferece informações detalhadas do ativo construído, seja uma edifício residencial ou comercial, instalação industrial, ponte, rodovia, etc. Na modelagem BIM há informações inseridas que apontam uma réplica do modelo físico (que ainda não foi construído), com dados para design aprimorado, planejamento, custos, execução e gerenciamento da obra, bem como os futuros processos de manutenção. Essas informações são muito valiosas para os resultados do projeto, portanto, deverão estar corretas dentro do modelo, para não estar sujeitas a interpretações equivocadas. Modelagem BIM: diagrama geométrico exato Os dados inseridos vão transformar o modelo BIM em um diagrama geométrico que será exato para seguir, até mesmo nas obras mais complexas, e promover um fluxo de trabalho muito mais eficiente ao longo do ciclo de vida do projeto. Assim, a modelagem BIM vai oferecer novas formas de aumentar a colaboração mesmo com equipes atuando de forma remota, já que todo o processo é armazenado em nuvem e pode ser acessado de qualquer lugar; envolve também novas formas de criar e projetar e até mesmo novas formas de produzir, porque abrange também a pré-fabricação e processos que podem ser robotizados. O uso da tecnologia com a modelagem BIM é imprescindível, começa com os softwares específicos para desenvolvimentos dos modelos arquitetônicos, estruturas e instalações (projeto elétrico, hidráulica, AVAC, segurança, etc), que dão suporte às várias etapas do ciclo de vida do projeto. Além disso, o BIM atua com hardwares robustos e tecnologias adicionais como uso de drones e lasers scanners, que produzem capturas de imagens eficientes, para levantamento topográfico, monitoramentos estruturais e outras varreduras a laser necessárias à obra. BIM: modelagem segura que evita equívocos tradicionais A indústria construtiva vem dando passos largos no sentido de ser mais digitalizada e reduzir determinados erros que foram muitos comuns em métodos tradicionais. Segundo o estudo “O papel do BIM na prevenção de erros de design”, esses erros de projetos são considerados responsáveis por 2 a 9% dos custos de produção para construções. Com a modelagem BIM, essa margem de erros é reduzida de forma significativa dentro da cadeia construtiva. Conheça os principais: 1 - Falta de comunicação e colaboração entre as equipes Não eram incomuns problemas de compatibilização com o projeto arquitetônico, o estrutural e os complementares nas metodologias convencionais de projeto e construção. Em muitas vezes, alguns problemas não foram identificados nas fases iniciais, como design e planejamento, o que provocou verdadeiros transtornos no canteiro de obras. A modelagem BIM elimina esses problemas devido a essa melhor troca de informações desde as fases iniciais. 2 - Falta de planejamento e orçamentos imprecisos As variadas dimensões do BIM permitem concepção, criação, compatibilização de projetos, gerenciamento, coordenação de contratados, estimativas de custos e prazos bastante seguros. Do início ao fim da obra, e até após a conclusão da edificação, todas as etapas podem ser antecipadas com a modelagem BIM. Duas atividades etapas estão muito ligadas dentro do ciclo construtivo: prazos e custos. Se há imprecisão em algumas delas, pode haver prejuízo muito grande no projeto. Com a modelagem BIM, é possível: Produzir cronogramas seguros; No que se refere a custos, a modelagem BIM permite a extração de quantitativos exatos, a partir das informações inseridas no modelo. Além da questão dos prazos e custos, a modelagem BIM permite diversas análises, como a de construtibilidade, viabilidade e segurança e desempenho energético, que vão oferecer informações mais assertivas para um planejamento confiável. 3 - Não fazer uso de normas que evitam acidentes de trabalho Já foi muito comum na construção civil ignorar as normas regulamentadoras que promovem mais segurança aos trabalhadores. As Normas Regulamentadoras têm caráter obrigatório, são parte de um conjunto de procedimentos e direcionamentos técnicos relacionados à segurança do trabalho, que vão assegurar segurança, saúde e integridade de trabalhadores, bem parametrizar procedimentos e incentivar políticas de segurança dentro das empresas do setor, entre outros aspectos. Algumas Normas Regulamentadoras exigem cumprimento das Normas Brasileiras, que não têm caráter obrigatório, mas quando estão associadas ganham efeito compulsório. Tratam-se de normas técnicas definidas por especialistas do segmento. Entre as finalidades das NBRs estão orientar profissionais do segmento sobre materiais, processos e produtos; padronizar processos, melhorar a qualidade dos empreendimentos e evitar erros e incompatibilidades nas etapas construtivas. De acordo com dados do Anuário Estatístico da Previdência Privado, o Brasil já foi colocado como o quarto país no mundo com o maior número de acidentes de trabalho. Porém, já foi comprovado também, de acordo com o estudo “Contribuição de BIM para a segurança laboral na construção civil”, desenvolvido para a Unicamp, que a adoção do BIM ajuda na redução dos acidentes de trabalho, devido a seus processos mais modernos e organizados, que identificam riscos de forma precoce e atuam com mais cautela na fase de planejamento da fase de construção. O BIM define seus processos com dados das normas regulamentadoras e normas brasileiras. 4 - Ignorar análises de solo que vão gerar melhor desempenho Em muitos projetos de metodologias tradicionais não era incomum ignorar uma sondagem mais aprofundada sobre qualidade do solo. Pular essa etapa já causou inúmeros prejuízos e transtornos no setor. Com os recursos de análises que a modelagem BIM proporciona, associados às tecnologias adicionais, é possível entender qual é o tipo de solo, se há qualidade para suportar a carga máxima da estrutura do empreendimento, para evitar afundamentos e possíveis desmoronamentos durante a execução ou após a conclusão da obra. 5 - Não prever espaços adequados para áreas de manutenção Em muitos processos tradicionais, os acessos às áreas de manutenção ficavam bastante restritos por não terem sido planejados e projetados de forma a não contemplarem seus usos. Com isso, a manutenção dos locais construídos pode se tornar bastante deficiente. A modelagem BIM oferece um nível de detalhamento muito aprimorado no que se refere ao design, com visualização clara de como será o ativo construído e cálculos exatos das áreas totais de seus espaços. Vai oferecer recursos para que essas áreas sejam melhor projetadas, dando ênfase à ergonomia e boa ventilação, mesmo nos projetos mais complexos, como shoppings centers, hospitais, etc. Conclusão Esses são apenas alguns erros que podem ser evitados em um projeto com uso da modelagem BIM, as possibilidades são inúmeras e a redução dos equívocos e retrabalhos são comprovadas. Em muitos países onde o BIM já virou uma padrão na construção civil, uma grande parte desses equívocos não ocorrem mais e todos são beneficiados, com obras de melhor desempenho e qualidade.

Mudanças importantes estão acontecendo no setor AECO para modernizar o segmento e obter melhores resultados, entre essas inovações, está a modelagem BIM. Entenda neste post o que é modelagem em BIM e as possibilidades que traz para todas as disciplinas envolvidas na cadeia construtiva. O que é modelagem BIM? Existem algumas definições para a modelagem […]

BIM 4D: entenda o processo do planejamento inteligente

O uso do BIM 4D serve para adicionar mais informações ao modelo 3D único, agregando o fator tempo e planejamento. Com isso, ganha-se muito em organização e agilidade. O 4D BIM se refere a uma das etapas de uma obra que a metodologia denomina como dimensões, que permite um fluxo inteligente de trabalho. Assim, o Building Information Modeling tem modificado completamente os processos de trabalho dentro da indústria construtiva. Entenda a importância desse planejamento inteligente para os resultados finais de um projeto. Entenda mais sobre o que é BIM A metodologia BIM traz um fluxo de trabalho colaborativo e inteligente baseado em um modelo tridimensional único, carregado com um banco de dados que vai amparar todas as etapas do projeto construtivo. Com a digitalização proporcionada pelo BIM, o projeto vai somando muitas informações ao longo das etapas necessárias para sua conclusão. Essas informações podem ser constantemente atualizadas à medida que novas atividades são agregadas ao longo do processo. O processo de visualização tridimensional das etapas da obra promovido pelo BIM é um dos pontos mais interessantes da metodologia, porque já foi comprovado cientificamente que 90% das imagens transmitidas ao cérebro são visuais e as imagens são processadas 60 vezes mais rapidamente em nossos cérebros do que os textos. Assim, com o BIM, essa tecnologia está a serviço de uma melhor compreensão de todo o ciclo de vida do projeto, da fase de concepção, projeto e planejamento à demolição da obra. Com esse grande grau de detalhamento, todas as disciplinas envolvidas terão acesso e conhecimento das alterações realizadas no projeto, o que reduz imensamente a quantidade de erros. Por exemplo, quando o engenheiro desenvolve o projeto elétrico, hidráulico ou AVAC é fácil conferir se não há incompatibilidades com projeto arquitetônico ou estrutural. Segundo o Relatório de Pesquisa Global de Controles de 2019, da Logikal Project Intelligence, as empresas que usam o 4D para planejamento são 3 vezes mais bem-sucedidas do que as organizações que não usam a metodologia. Esse relatório é um estudo anual que a Logikal realiza para examinar o que os projetos mais bem-sucedidos realizam de maneira diferente. Em 2019, o relatório se concentrou em oportunidades de inovação e melhorias em torno da transformação digital, com foco no BIM e na Inteligência Artificial. Dimensões são interligadas nos projetos A metodologia divide essas etapas em dimensões denominadas 3D, 4D, 5D, 6D, 7D e 8D. No BIM, cada uma dessas fases atendem a um momento da obra, por exemplo: 3D (design), 4D (planejamento), 5D (orçamento de obras), 6D (manutenção predial), 7D (sustentabilidade) e 8D (segurança). Nem sempre essas etapas serão padronizadas com esses temas. Em muitas fontes de informação, o 6D e 7D se invertem. Aqui adotamos uma padronização fornecida pela Autodesk. A quarta dimensão do BIM, que é objeto deste texto, vai elevar os resultados a um nível bastante superior porque também permite uma gestão de projetos mais eficiente, garantindo que a equipe tenha dados para realizar análises, monitorar o tempo da construção e coordenar melhor a execução, oferecendo novos recursos para a distribuição de tarefas. Além disso, o 4D e 5D BIM estão bastante relacionados porque o ponto do 5D é a extração de quantitativos de um projeto para projetar as estimativas de custos, que são essenciais para o planejamento da obra. Com o 4D BIM model, a sequência da obra pode ser visualizada, e com os recursos do 5D, pode ser realizado também um melhor planejamento financeiro do projeto, de acordo com esse sequenciamento. Vantagens do uso do BIM 4D Usar o BIM 4D traz vários benefícios à cadeia construtiva, porque fará uma vinculação inteligente com os dados do modelo digital 3D, além de também associar dados de estimativas de custos, ou seja, BIM 3D, 4D e 5D estão intimamente ligados na fase de planejamento. Em muitos locais, essa modelagem também é conhecida como sequência de construção. A modelagem 4D vai incorporar datas de início e término, tanto para o fornecimento de materiais, execução de atividades, bem como instalação dos componentes da construção. Conheça outros benefícios e recursos do 4D: Facilita a visualização de cada etapa do projeto combinado ao cronograma do projeto em vigor; Permite conferência de tarefas sobrepostas que serão críticas ao resultado; Traz oportunidade de simular cenários diferentes para avaliar resultados; Remove o desafio de sequências mal compreendidas que ocorriam em métodos construtivos tradicionais; Mitiga riscos devido à melhoria de comunicação e coordenação; Promove melhor detecção de conflitos; Proporciona otimização do tempo de entrega; Promove economia de custos; Melhora qualidade das entregas. Tecnologia a serviço do desempenho Para ajudar nesse planejamento e sequenciamento associado ao fator tempo, diversos softwares vão trazer recursos que geram eficiência nesta etapa, para o BIM 4D, o Navisworks (Autodesk) é uma das soluções mais populares. O Navisworks é apresentado como um software de gestão e compatibilização de projetos que agrega um conjunto de recursos para coordenação, planejamento e análise de custos. Assim, unifica geometria e dados para realizar a integração de cronogramas, folhas de cálculos e ferramentas de planejamento, importação e exportação de dados para interoperabilidade e associação dos componentes construtivos com as tarefas. O software também permite a análise de desvios do cronograma inicial e simulação das sequências da construção, entre outras funcionalidades para planejamento. Outra ferramenta importante é o Synchro 4D BIM. Essa é uma solução da Bentley para projetos de grande porte e complexidade, especialmente para obras de infraestrutura. Esse software faz a união do projeto de engenharia, com o gerenciamento e planejamento da obra. Entre alguns de seus recursos, permite administração de projetos de engenharia e recursos, apresentação de bases de comparação do desenvolvimento físico com o previsto no planejamento, verificação de valor agregado, coordenação da cadeia de suprimentos, etc. Curso BIM 4D: prepare-se para ser mais eficiente Para total compreensão do planejamento inteligente dos projetos construtivos proporcionados pela modelagem 4D, a realização de cursos para qualificação estão entre as ótimas opções para os profissionais do setor. Para quem não abre mão de embarcar nessa onda de inovação da indústria construtiva, o Grupo AJ BIM traz um curso de 16 horas abordando o planejamento e a compatibilização de projetos com o Navisworks. No curso, os alunos vão aprender a realizar o planejamento 4D das etapas da construção, a compatibilização com arquivos BIM, checagem de interferências com geração de relatórios e até visualizar arquivos juntos que vieram de softwares diferentes.

O uso do BIM 4D serve para adicionar mais informações ao modelo 3D único, agregando o fator tempo e planejamento. Com isso, ganha-se muito em organização e agilidade. O 4D BIM se refere a uma das etapas de uma obra que a metodologia denomina como dimensões, que permite um fluxo inteligente de trabalho. Assim, o […]

Pós-graduação na arquitetura: BIM traz modernidade ao setor

Quando um profissional pensa em realizar uma pós-graduação de arquitetura, o BIM surge como uma das opções de maior destaque do momento no setor AECO. A metodologia BIM é revolucionária para arquitetura, mas também para a engenharia e construção civil no mundo inteiro, promovendo uma verdadeira transformação digital dentro dessa cadeia. Veja aqui o que essa pós-graduação na área de arquitetura e engenharia pode fazer para a carreira de um profissional. O que é BIM? Antes de falar da pós-graduação, é necessário reforçar o que é BIM: Building Information Modeling significa Modelagem da Informação da Construção, que atua por meio de um modelo tridimensional, único e inteligente. O BIM está amparado em 3 pilares (pessoas, tecnologia e processos) que promovem um processo de criação integrado e gerenciamento de informações a partir do modelo único, carregado com um banco de dados. São dados estruturados e multidisciplinares que vão produzir essa representação gráfica de um ativo e servir a todo o ciclo de vida do projeto. Como são criados em geometria e com informações carregadas, quando os objetos BIM são alterados, o modelo será atualizado para refletir essa mudança. Os dados dos objetos BIM vão servir para: Entender melhor o design computacional; Exibir as relações espaciais complexas; Estabelecer relações paramétricas e dependências do elemento do modelo; Análises energéticas; Análises da iluminação de dia e de noite; Calcular os quantitativos; Detectar e resolver conflitos; Trabalhar com Realidade Estendida (realidades virtuais e aumentadas) Portanto, o BIM oferece recursos que vão além de um design mais aprimorado e preciso, mas também traz informações que vão permitir uma melhor conceituação, compatibilização de projetos, planejamento, orçamentação, execução, gerenciamento e operação de uma edificação industrial, comercial, residencial ou obra de infraestrutura. Dessa forma, o modelo irá permanecer consistente e coordenado ao longo das etapas subsequentes. Portanto, a cadeia do BIM envolve não só arquitetos e engenheiros MEP, mas também os empreiteiros, incorporadores imobiliários, fabricantes e diversos outros profissionais da construção. Se aprofundar no BIM não se trata apenas de fazer uma pós-graduação de arquitetura de software, embora o pilar Tecnologia também contemple a necessidade do conhecimento dessas soluções, mas é mergulhar em uma nova metodologia que está mudando o mindset do setor. A metodologia BIM proporciona ao profissional a ampliação de visão para atuar em um processo muito mais colaborativo, com uma comunicação integrada entre todas as disciplinas que envolvem um projeto. Pós-graduação arquitetura: o que oferece ao profissional Por razões de mercado ou pela própria necessidade de reciclagem de conhecimentos, os profissionais podem pensar em uma série de cursos para arquitetos, como uma pós-graduação em arquitetura e urbanismo ou uma pós- graduação em arquitetura de interiores, no entanto, uma pós-graduação de arquitetura em BIM vai ampliar muito o leque de atuação de um profissional. Especialmente porque, atualmente, ainda há uma grande carência no mercado brasileiro de profissionais especializados em BIM. Uma pós-graduação em arquitetura e engenharia em BIM vai qualificar o profissional para implementar e gerenciar uma mudança em direção à modernização de uma empresa do setor ou mesmo estar qualificado a uma vaga em uma organização que já adotou a metodologia. Com o uso do BIM, os profissionais poderão proporcionar uma conclusão mais rápida do projeto, ter ferramentas de visualização do projeto mais detalhadas, menores custos, analisar o impacto ambiental da obra e edifícios de melhor desempenho e qualidade. Quando um profissional faz uma pós-graduação de arquitetura em BIM, ele tem a oportunidade de pensar fora da caixa e projetar obras grandiosas e complexas, atendendo as necessidades do projeto, mas oferecendo um grande grau de inovação. Pós-graduação BIM Grupo AJ A pós-graduação EAD de arquitetura do Grupo AJ, que também é dedicada aos engenheiros e outros profissionais envolvidos na cadeia AECO, como aquele que fazem planejamento e orçamentação de obras, oferece aos profissionais a oportunidade de serem autoridades em BIM, com qualificação para desenvolver e gerenciar projetos em todas as fases da metodologia. Vai introduzir os profissionais aos conceitos da metodologia, apresentar os passos que envolvem a implantação do BIM e o novo comportamento organizacional que a metodologia exige, como a cultura colaborativa. Além disso, a pós-graduação também vai preparar os profissionais a gerenciar projetos multidisciplinares, gerenciar a qualidade dos projetos e também a facilitar a troca de informações entre os agentes envolvidos no desenvolvimento da obra (projeto, planejamento e orçamento). Mas a pós também capacita o aluno a desenvolver atividades de pesquisa e estudo, e exercitar normas científicas na elaboração dos trabalhos acadêmicos. É a pós-graduação em BIM mais completa do país, com 1.972 horas de curso, distribuídas em 2 anos, na primeira titulação (Master BIM Specialist), e mais 8 titulações opcionais que são reconhecidas pelo MEC. Com a qualificação completa, o profissional terá competências para a implantação e gerenciamento em BIM e gerenciamento de projetos em tecnologia BIM, além de sustentabilidade, infraestrutura, programação, serviços digitais e gestão da edificação. Pós-graduação arquitetura EAD A pós-graduação Master BIM Specialist do Grupo AJ se utiliza de tecnologias educacionais bastante inovadoras para oferecer o conhecimento a distância. Traz uma forma inovadora de oferecer o conhecimento com total flexibilidade para o aprendizado do aluno, além dos professores mais capacitados. Os alunos da pós-graduação irão acessar todos os conteúdos, além de ferramentas de suporte acadêmico, por meio de uma plataforma digital. Além de todo esse material pode ser acessado por desktop, também está disponível por aplicativo exclusivo. Na pós-graduação a distância em arquitetura e engenharia em BIM do Grupo AJ, as disciplinas são oferecidas em sequência, reunindo conteúdos acessíveis por cadernos de estudos, videoaulas, bibliotecas, fóruns de discussão entre outros alunos e professores, atividades de avaliação, etc. Todo esse processo tem o acompanhamento dos professores. Conclusão A partir da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM, que foi promulgada pelo governo federal em 2018, a metodologia tende a se tornar uma padrão da indústria construtiva do país, como já ocorreu em outros países. Neste ano, os Ministérios da Defesa e da Infraestrutura também começaram a adotar o BIM em suas obras públicas a partir do decreto 10.302, de abril de 2020. Além disso, a Nova Lei de Licitações (14.133, de 1o. de abril de 2021) também já estabeleceu que as obras públicas sejam licitadas, preferencialmente, com projetos em BIM. Esse cenário nacional demonstra que a necessidade de especialistas em BIM se torna cada vez maior. Portanto, é interessante que todos os profissionais do setor se preparem para as novas exigências.

Quando um profissional pensa em realizar uma pós-graduação de arquitetura, o BIM surge como uma das opções de maior destaque do momento no setor AECO. A metodologia BIM é revolucionária para arquitetura, mas também para a engenharia e construção civil no mundo inteiro, promovendo uma verdadeira transformação digital dentro dessa cadeia.  Veja aqui o que […]

Sistema BIM: entenda a importância para o setor

Embora o BIM seja uma metodologia da modelagem da informação da construção é visto por muitos como um sistema formado por um conjunto de elementos que gera novos resultados para a indústria construtiva. No Sistema BIM, estão incluídas mais assertividade em custos, prazos, produtividade e rentabilidade para o setor. O sistema BIM na construção civil […]

Telhado Verde: as vantagens de investir no estilo

A existência de um Dia Mundial do Telhado Verde demonstra a importância que a arquitetura sustentável vem ganhando para espaços residenciais e empresariais. Neste post, entenda as vantagens de integrar um telhado verde na sua obra, com a ajuda do BIM. Como o BIM se relaciona à sustentabilidade? A consciência ambiental vem chegando à construção civil, especialmente por meio do uso do BIM, que permite que as obras sejam desenvolvidas a partir de uma conceituação mais sustentável do ponto de vista ambiental. Ainda que a intenção do projeto não seja primeiramente a sustentabilidade, essa área será atendida ao adotar um projeto com modelagem BIM. Mas, vamos resumir o que é BIM para quem ainda não está totalmente familiarizado. O BIM é uma metodologia de trabalho colaborativa baseada em um modelo único, tridimensional e carregado de um banco de dados, que serve a todas as etapas do ciclo de vida de um projeto. Além da fase de conceituação e design, o BIM oferece recursos tecnológicos, por meio de hardwares poderosos e softwares, que permitem um melhor planejamento, orçamentação, execução e gestão de obras, além de também reservar espaço para a sustentabilidade nos projetos. As possibilidades oferecidas pela metodologia permite propostas arquitetônicas muito mais eficientes para preservar o meio ambiente, análises energéticas já nas fases iniciais e uso de técnicas de construção com escolha de materiais mais ecológicos e com menos emissão de carbono. Além disso, os projetos podem simular o uso de energia solar e outras fontes de energias limpas, sistemas de ventilação cruzada, captação de águas pluviais, reuso da água, redução do consumo da água na edificação, etc. Todas essas possibilidades também apontam para uma solução ecológica como um telhado verde. O que é telhado verde? Entre iniciativas para um melhor aproveitamento de recursos na construção houve um verdadeiro impulso pelo uso de telhados verdes na arquitetura sustentável. Para se ter ideia, na França, desde 2015, uma lei obriga que os edifícios comerciais tenham telhados verdes e usem painéis solares, para redução de consumo de fontes de energia produzidas em usinas nucleares. Antes dessa lei, naquele país, 75% da demanda de energia tinha como fonte as usinas nucleares, segundo dados do World Nuclear Association. A importância do telhado verde já ganhou tanto notoriedade que existe o Dia do Telhado Verde, festejado em 6 de junho, logo após a Semana do Meio Ambiente (de 1 a 5 de junho). Mas, o que são telhados verdes? São um tipo de “telhado” ecológico, que ao invés de utilizar as usuais lajes e telhas, faz a cobertura da edificação com terra e vegetação aparente, que necessita de técnicas de impermeabilização e plantio realizado por um profissional especializado. Embora tenha obtido mais atenção e relevância neste século, essa técnica já fazia parte da arquitetura da antiga Babilônia (século VI a.C.). Quem não se lembra das aulas de história sobre os jardins suspensos da Babilônia? Mas a técnica também foi muito utilizada no Império Romano (27 a.C. a 476 d.C). Telhado verde: vantagens Além do embelezamento do cenário urbano, esses telhados verdes trazem diversos benefícios, como o conforto térmico dos edifícios. Vamos conhecer outros bons motivos para optar por um edifício ou casa com telhado verde: Conforto térmico e acústico Vamos começar pelo mais óbvio benefício do telhado verde, que possibilita que as mudanças bruscas de temperatura não sejam tão sentidas pelos usuários do ambiente: conforto térmico. Em relação aos telhados convencionais, essa solução ecológica vai garantir sempre uma temperatura sempre mais amena no interior das edificações do que o ambiente externo, porque promove também uma redução das ilhas de calor. Além disso, o telhado verde também permite uma espécie de filtro dos ruídos externos. Melhora a qualidade do ar Uma edificação que tem um telhado verde também vai ter uma melhor qualidade do ar em seu entorno, porque as plantas têm a capacidade de absorver o gás carbônico dos carros, reduzindo a poluição e reduzindo o efeito estufa. Economia de energia Com mais equilíbrio na temperatura dos ambientes, o telhado verde também reduz a necessidade de uso de refrigeração no verão ou aquecimento no inverno. Essa proposta já traz economia com uso de ar condicionado, aquecedores, mas também vai proporcionar redução no consumo de água. Reaproveitamento de água Com um telhado verde é possível reduzir o consumo de água potável por meio da captação da água da chuva, com isso, é possível reaproveitá-la em jardinagem, na limpeza dos ambientes e no reuso na descarga dos vasos sanitários. Para isso, é possível combinar com outras soluções ecologicamente corretas como cisterna de captação para água e sistema de tratamento de efluentes. Redução de inundações Esse é um benefício que não é só para a própria edificação que tem um telhado verde, mas para a cidade inteira. Essa solução permite diminuir os alagamentos nas cidades, porque o telhado verde cria uma “detenção” das águas pluviais e evita o excessivo volume de água para as redes públicas. Qualidade de vida Além de contribuir com a biodiversidade -- um telhado verde pode atrair animais, como pássaros--, também é benéfico para a qualidade de vida humana. Já existem estudos que demonstram que os ambientes com mais vegetação interferem positivamente no estado emocional das pessoas. Como fazer telhado verde? Uma grande quantidade de obras pode receber essa solução ecológica, inclusive, a edificação pode ter tipos e formatos diferenciados em suas coberturas, como um telhado verde inclinado. Em cada caso, irão necessitar da vegetação correta. Entre as plantas para telhado verde, essa cobertura pode ser desenvolvida com arbustos, gramas e árvores baixas. De acordo com uma aprovação de projeto paisagístico, até uma horta no telhado verde é uma opção viável. Para desenvolver o telhado verde, é imprescindível contar com especialistas no assunto, porque além dos cálculos de peso que já serão realizados no projeto para entender as sobrecargas que o telhado pode aguentar e os cálculos de inclinação de telhado, são necessários vários outros procedimentos. Telhado verde: detalhamento Existe bastante tecnologia no desenvolvimento dessa solução ecológica. São várias as camadas do telhado verde, que vão envolver a própria lajota que irá sustentar o telhado, impermeabilização, sistema de drenagem, barreiras de raízes e, por fim, terra e vegetação. Além disso, no projeto, também devem ser pensados os acessos que estarão disponíveis para as pessoas para realização de manutenção. Ressalvas para o telhado verde Para o telhado verde, o custo de desenvolvimento pode ser mais alto do que um telhado convencional, porque vai necessitar de projeto técnico e mão de obra especializada. Outro dado importante, é que será necessária aprovação do projeto na prefeitura, antes do início da obra. Além disso, é preciso lembrar que o espaço também vai necessitar de uma manutenção, que é simples e barata, que envolve poda e irrigação. Mas esses cuidados precisam ser constantes, para evitar pragas urbanas. Conclusão Os telhados verdes figuram entre as dicas de arquitetura mais modernas que indicam uma integração cada vez maior entre as pessoas e a natureza. Ao associar a modelagem BIM, com o Revit ou Archicad, o projeto vai ficar ainda mais completo, evitando retrabalhos e possibilitando cumprimento de prazos e orçamentos. Assim, o projeto não fica sustentável apenas do ponto de vista ambiental, mas também do financeiro.

A existência de um Dia Mundial do Telhado Verde demonstra a importância que a  arquitetura sustentável vem ganhando para espaços residenciais e empresariais. Neste post, entenda as vantagens de integrar um telhado verde na sua obra, com a ajuda do BIM. Como o BIM se relaciona à sustentabilidade? A consciência ecológica vem chegando à construção […]

BIM na construção civil é sinônimo de eficiência

Um estudo do Instituto de Engenheiros Civis do Reino Unido e o Grupo de Tarefa BIM do governo do Reino Unido revelou dados importantes do uso do BIM na construção civil: mais de 80% dos profissionais que passaram a adotar a metodologia tiveram uma percepção de mais eficiência e economia em seus projetos. Uma importante ressalva é que o Reino Unido é um dos países mais avançados no uso do BIM na construção civil pelo mundo, trazendo inúmeras experiências bem-sucedidas e estatísticas importantes para o setor. O BIM surge como uma verdadeira inovação dentro da cadeia construtiva, que traz diversos benefícios. Conheça mais sobre a tecnologia BIM na construção civil. O que é o BIM na construção civil? O Brasil nunca foi o país mais inovador do mundo, fato que já foi muito reforçado pela falta de conscientização de certos setores para a necessidade da transformação digital. Embora seja de suma importância para o desenvolvimento do país, a área da construção civil sempre figurou entre as menos digitalizadas não só no nosso país, mas também em potências como os EUA, por exemplo, onde o setor perdia apenas para a caça e a pesca no quesito digitalização, conforme estudo publicado no Harvard Business Review em 2016, realizado pela McKinsey Global Institute. No Brasil, essa falta de estímulo para o uso da tecnologia também chegou a limitar muito o setor no quesito produtividade das obras e até competitividade entre as empresas, contribuindo até para a queda de quase 30% no PIB entre 2014 e 2018. Até 2019, esse era o retrato da construção civil no país, que também sempre foi alvo de denúncias de corrupção e superfaturamento em obras públicas. Entre os vários estudos em vários países ficou comprovado que a tecnologia seria uma clara solução para mudança desses números. Por exemplo, um estudo denominado “Transformação Digital: o futuro da Construção Conectada”, encomendado pela Autodesk e divulgado em março de 2020, demonstrou que 72% das empresas da construção de 12 países acreditam a transformação digital é uma prioridade para o setor, porém, 58% dessas empresas ainda estariam no início do processo de digitalização, e apenas 13% delas poderiam se considerar maduras na adoção de novas tecnologias. Construção BIM no Brasil Essa necessidade de mais digitalização no setor começou a movimentar o Brasil em 2018, quando aconteceu a assinatura do decreto para a criação da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM, que já vinha sendo visto como uma verdadeira revolução no setor construtivo de diversos países, entre eles, o Reino Unido, que é um dos pioneiros no uso da metodologia. Nos países que adotaram o BIM, os números referentes à transformação digital e produtividade atingiram outros patamares. Só no estudo do Instituto de Engenheiros Civis do Reino Unido, 35% dos profissionais que adotaram a plataforma BIM na construção civil declararam aumento na lucratividade e 41% apontaram mais velocidade na entrega dos projetos. Outro ponto destacado é que 62% dos profissionais que participaram do estudo identificaram a capacidade de identificar colisões como um dos principais benefícios do BIM. A importância do BIM na construção civil cresce cada vez mais ao redor do mundo e, no Brasil, tende também a se tornar o padrão da indústria construtiva. O que é BIM? O Building Information Modeling é uma metodologia baseada nos pilares tecnologia, pessoas e processos. Baseada em um modelo único e tridimensional, inteligente e carregado de um banco de dados, um projeto em BIM vai proporcionar ferramentas apropriadas para uma melhor conceituação, design aprimorado, mais criatividade para obras complexas, além de promover planejamento, orçamento de obras, coordenação e execução, gerenciamento e operação aprimorados. Os projetos em BIM compreendem desde o momento da conceituação até a manutenção ou demolição de uma obra, envolvendo todas as disciplinas que a compõem da arquitetura aos projetos complementares (MEP) e estrutural à construção, abrangendo todas as fases. Além disso, a utilização de um desenho 3D na construção civil, com banco de dados associado e grande detalhamento, permite visualizar os riscos previamente, a partir de simulações que vão conferir uma imagem mais clara, não apenas da edificação, mas também dos ambientes de trabalho. As etapas de um projeto são contempladas a partir das dimensões do BIM: 3D: Design, compatibilização de projetos, etc; 4D: Planejamento 5D: Orçamentação 6D: Operação e manutenção 7D: Impacto ambiental 8D: Segurança Com os recursos oferecidos pelo BIM, é possível construir a obra virtualmente, exatamente como será fisicamente, fazer simulações de eficiência, análises energéticas, extração de quantitativos precisos e estimativa de cronograma assertivo, etc. Todas essas potencialidades são reforçadas também com o uso de tecnologias complementares nos canteiros de obras como laser scanners, drones, robótica e realidade estendida que aumentam a precisão dos dados oferecidos para o projeto. Evidentemente, tudo vai começar no escritório de arquitetura, porém, para a engenharia civil também vai oferecer a investigação de vários cenários, a partir dos dados carregados no projeto. Com esse arsenal de recursos, o BIM promove melhores resultados e obras de melhor qualidade. BIM: construção civil mais eficiente Em 2020, os métodos tradicionais da construção civil ainda geravam consumo de toda a energia produzida, além do consumo de 25% da água e 30% da extração de recursos naturais do planeta, com o agravante de causar cerca de 30% da emissão de gases. Por isso, o impacto do BIM na construção civil é inegável porque permite a redução de todos esses indicadores, já que entre os benefícios da metodologia está proporcionar um olhar mais dedicado para a consciência ambiental, oferecendo: Novas possibilidades de uso de energia limpa; Seleção de materiais menos poluidores; Redução dos resíduos das obras nos canteiros. Além desse olhar mais voltado à sustentabilidade ambiental, entre principais vantagens do BIM na construção civil estão: Experimentação de soluções diferentes; Ciclos de vida menores nos projetos; Economia de recursos e custos; Melhor comunicação entre as partes envolvidas e mais colaboração; Uso otimizado da pré-fabricação e construção modular; O uso da plataforma BIM na construção civil também promove locais de construção mais seguros. Com o BIM, ao transferir o canteiro de obras -- ou parte dele-- para um outro local de pré-fabricação, é possível reduzir custos de material e mão de obra, além de diminuir o desperdício, ou seja, há um aumento de eficiência. O BIM também permite a escolha de materiais mais econômicos, a opção entre pré-fabricar ou não, estabelecer o momento ideal para compra de materiais para as próximas fases da obra, simplificar o fluxo de trabalho e reduzir os erros humanos. Outro dado fundamental, é que o uso do sistema BIM na construção civil também promove obras de melhor qualidade porque possibilita a otimização das tomadas de decisão devido à precisão da metodologia. Conclusão As empresas de arquitetura, engenharia e construção que já entenderam todas as possibilidades do BIM podem, sem dúvida, oferecer obras com melhor desempenho e qualidade. Todos os recursos do BIM vão levar os projetos a um melhor design, manutenção da obra dentro do prazo e orçamento, além de otimização dos recursos humanos e de materiais. Porém, não é iniciativa para ser tomada no futuro, é para o presente. Agora o BIM já tem sido buscado por diversas empresas devido aos seus ganhos de eficiência no setor privado, mas, nas obras públicas também já tem sido considerada uma metodologia preferencial para os processos de licitatórios a partir do estímulo governamental com decretos e leis. Não é possível perder esse trem da modernidade.

Um estudo do Instituto de Engenheiros Civis do Reino Unido e o Grupo de Tarefa BIM do governo do Reino Unido revelou dados importantes do uso do BIM na construção civil: mais de 80% dos profissionais que passaram a adotar a metodologia tiveram uma percepção de mais eficiência e economia em seus projetos. Uma importante […]

BIM 7D: projetos com mais consciência ambiental

A sustentabilidade é um calcanhar de Aquiles na construção civil, porque é um dos setores econômicos que mais consomem recursos naturais e geram resíduos. No entanto, o BIM 7D surge para começar a corrigir essas falhas na indústria construtiva. Vale dizer que as dimensões da metodologia (BIM 3D, 4D, 5D, 6D, 7D, 8D) não são padronizadas no mundo inteiro, especialmente as dimensões 6D e 7D BIM, que podem ser listadas em ordens diferentes em muitos locais. Aqui a padronização tem como base o que é definido pela Autodesk, que aponta o 7D voltado à área da sustentabilidade. Entenda melhor neste post, tudo o que o BIM pode fazer para ter construções mais sustentáveis e que geram menos impacto ambiental. Como o BIM pode contribuir com a sustentabilidade? Segundo levantamento divulgado pela Autodesk, nos EUA, a indústria da engenharia, arquitetura e construção é responsável por 75% do consumo elétrico e 45% de todo o consumo de energia. Além disso, de acordo com o relatório da Agência Internacional da Energia é o setor que é responsável também por 39% das emissões de carbono no mundo. Esse vem sendo um grande ponto a ser resolvido na indústria construtiva. Há tempos, existe uma preocupação com o cuidado ambiental e a redução de resíduos de forma que a população tenha uma melhor qualidade de vida, sem afetar os recursos do planeta. Na verdade, o conceito de desenvolvimento sustentável surgiu em 1972 durante uma conferência da ONU. De lá para cá, esse cuidado vem crescendo em diversos setores. A metodologia BIM vem oferecer soluções e práticas que podem ajudar a oferecer propostas mais conectadas com a preservação ambiental na indústria construtiva. O que é BIM? Mas vamos reforçar o que é BIM: é uma metodologia de trabalho colaborativa baseada em um modelo único, tridimensional e inteligente, porque está carregado com um banco de dados que servirá a todas as etapas do ciclo de vida da obra e das disciplinas envolvidas no projeto como um todo. Com o BIM, é possível conceber, projetar, planejar, gerenciar, executar e operar toda a edificação, instalação ou obra de infraestrutura de forma mais exata. A tecnologia BIM, que é amparada por meio de hardwares e softwares, assim, todo o modelo será melhor projetado, visualizado e simulado de forma a fornecer resultados que serão reais na edificação física. Além disso, a metodologia também pode ser associada a tecnologias que vão fornecer mais dados ao modelo, como drones, lasers scanners, óculos de realidade aumentada, entre outros. Em cada uma dessas fases, o BIM poderá ser suportado por softwares que vão proporcionar melhores recursos para o design (Revit), planejamento (Navisworks), gestão de projetos BIM (BIM 360), orçamentação (Orçafascio) ou manutenção predial (YouBIM), etc. O que o 7D BIM traz para a preservação ambiental no setor AECO? Além do 3D, que contempla o design, o BIM 4D, 5D, 6D e 7D vão proporcionar dados para conduzir as demais etapas do projeto, respectivamente, planejamento, orçamentação de obras, manutenção predial e análises energéticas. Essa dimensão vai oferecer importantes detalhamentos para melhorar design ambiental e gestão de energia, que têm um efeito importante dentro no ciclo de vida de um projeto no quesito sustentabilidade. O BIM 7D prevê que diversas questões envolvendo a sustentabilidade sejam melhor aproveitadas em uma obra, como uso da energia elétrica, reuso da água, captação de águas pluviais, emissão de carbono, tratamento de resíduos, etc. Além disso, inclui outras questões que não são tão facilmente visíveis, como extração da matéria-prima, processos de fabricação, durabilidade de materiais, reaproveitamento e reciclagem. Novas soluções tecnológicas apresentadas pela tecnologia do BIM estão muito mais harmonizadas com a sustentabilidade, apresentando novas propostas arquitetônicas, associadas a métodos que vão proporcionar uma melhor preservação do ecossistema. Análise energética O modelo tridimensional único permite, além de formas que sejam compatíveis com propostas ecossustentáveis na disciplina de arquitetura, a possibilidade de oferecer todos os dados necessários para que seja transformado em um modelo de análise energética, para oferecer melhor gerenciamento ambiental. Aspectos arquitetônicos e de construção, com dados como tamanho, orientação de espaços, uso de energia solar, racionalização da iluminação, sistemas de ventilação cruzada, dados térmicos de camadas de material, sistemas de biodiesel e outras energias limpas, podem ter informações cruzadas dentro do modelo e analisadas para resultar em edificações, instalações e obras de infraestrutura que garantem um baixo impacto ambiental. De fato, o BIM 7D surge como um grande trunfo para a indústria construtiva que, segundo o relatório The Global Construction 2030, da PWC, irá crescer 85% e alcançar investimentos na ordem de US$ 15,5 milhões mundialmente. Simulações garantem mais consciência ambiental A partir das simulações que são permitidas ao BIM, é possível projetar diversas soluções que vão atender à questão ambiental durante a edificação de uma obra. Além da combinação de materiais mais ecológicos, também é possível observar opções para que o projeto contemple uma menor emissão de carbono. Com o BIM 7D, softwares amparam e analisam a questão ambiental nos projetos, com ações como simulação de energia, aquecimento, resfriamento, estudos de luz e sombra, iluminação natural e até análises climáticas da região onde a edificação está sendo erigida. Entre algumas opções de softwares estão o Design Builder, Energy Plus, Autodesk Insight, entre outros que podem ser integrados ao Revit. Com essas soluções, os profissionais de arquitetura e engenharia podem garantir os indicadores de desempenho, faixas e especificações e diversos outros aspectos que devem ser analisados quando a questão ambiental entra como destaque. Uma ressalva, no entanto, é que alguns softwares como o Green Building Studio e o Ecotect, ambos da Autodesk, não são aceitos pelas certificadoras sustentáveis. Certificações de sustentabilidade para as obras O Relatório Brundtland é um documento denominado ‘Nosso Futuro Comum”, e foi elaborado na Noruega, em 1987, oferecendo um alerta e um olhar mais apurado para o desenvolvimento sustentável. Esse documento já alertou para a incompatibilidade do desenvolvimento econômico e os padrões de produção, inclusive, da indústria construtiva. Atualmente um dos desafios da Agenda 2030 é desenvolver cidades sustentáveis e eficientes do ponto de vista ambiental. Essa iniciativa estimulou a criação de diversos selos para construção sustentável, que visam mitigar os impactos da construção civil e dar melhores opções aos usuários. Assim, os selos ecológicos podem representar um grande ganho para as edificações, porque atestam a responsabilidade ambiental do projeto. Ao portar um ecolabel, aquela obra garante que houve eficiência no uso de recursos como energia elétrica e água, sem perdas de tecnologia ou conforto. Conheça alguns dos principais selos e o que é exigido para que uma edificação seja certificada: Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações O selo Procel Edificações foi instituído pela Eletrobras/Procel em conjunto com os Ministérios de Minas e Energia, o Ministério das Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades. O incentivo do selo é que as edificações tenham melhores classificações de eficiência energética, com conservação e uso eficiente de recursos naturais, com foco na redução de desperdícios e impactos ao meio desde a etapa de concepção e projeto. Os edifícios comerciais são avaliados nos sistemas de iluminação, envoltória e condicionamento de ar. Já nas unidades habitacionais são avaliados os sistemas de aquecimento de água e envoltória. As etiquetas do Procel vão estabelecer classificações que vão de A a E, sendo a A a mais eficiente, e a E, a menos eficiente em termos energéticos. Esse pode ser um quesito muito importante para avaliar a compra de um imóvel, porque permite fazer comparações entre os níveis de eficiência energética das edificações. Leadership in Energy and Enviromental Design A certificação Leed é considerada umas das certificações mais conhecidas do mundo e foi desenvolvida pelo U.S. Green Building Council. Atua como um sistema de orientação ambiental utilizado em 143 países para incentivar o olhar sustentável nas edificações. É focado especialmente para eficiência energética dentro das casas, edifícios e condomínios. Avalia 8 quesitos como uso da água, qualidade do ar, iluminação, materiais, inovação, emissão de gases, terreno sustentável e crédito de prioridade regional. O nível de certificação é definido conforme a quantidade de pontos atingidos: Certified, Silver, Gold e Platinum. Aqua Essa certificação internacional foi desenvolvida a partir da certificação francesa Démarche HQE (Haute Qualité Environnementale). No Brasil, ela é aplicada no Brasil pela Fundação Vanzolini, desde 2008. O processo de certificação do Aqua vai exigir um sistema de gestão do empreendimento, que faz a avaliação em 3 fases (base, boas práticas e melhores práticas) e analisa 14 categorias de cuidados ambientais: terreno, canteiro de obras, componentes, água, resíduos, energia, conservação e manutenção, confortos visual, acústico, olfativo e hidrotérmico; qualidade dos espaços, do ar e da água. Selo Casa Azul Essa é uma classificação socioambiental dos projetos habitacionais que recebem financiamento da Caixa Econômica. É uma forma de incentivar a melhoria da qualidade da habitação e também fazer um uso mais racional dos recursos naturais durante a obra. São 53 critérios de avaliação, desses, 19 são obrigatórios, que estão divididos em 6 categorias: Qualidade urbana; Eficiência energética; Conservação de recursos naturais; Projeto e Conforto; Gestão da água; Práticas sociais. De acordo com os itens avaliados, o projeto pode ser indicado a 3 tipos de selos: Ouro, Prata e Bronze. Building Research Establishment Environmental Assessment Method A certificação BREEM faz parte de edificações de mais de 70 países. O objetivo é gerar melhores práticas e padrões referenciais, como design de baixo impacto e redução das emissões de carbono. São avaliadas as categorias como energia, saúde e bem-estar, gestão, transporte, inovação, uso da terra, materiais, poluição, resíduos e água. Conclusão Com o BIM 3D ao 7D, os projetos ganham em eficácia, com planejamento mais assertivo, menores custos, exatidão de estimativas e análises, redução de erros e retrabalhos. Com essas soluções tecnológicas, os profissionais do setor também podem projetar edifícios que atinjam metas de sustentabilidade e contribuam para que o setor construtivo comece a ser bem visto quando o assunto é consciência ambiental.

A sustentabilidade é um calcanhar de Aquiles na construção civil, porque é um dos setores econômicos que mais consomem recursos naturais e geram resíduos. No entanto, o BIM 7D surge para começar a corrigir essas falhas na indústria construtiva. Vale dizer que as dimensões da metodologia (BIM 3D, 4D, 5D,  6D, 7D, 8D) não são […]

Transição BIM sem Erros: Garantindo a Integridade dos Dados entre Softwares

Transição BIM sem erros é uma necessidade crítica para profissionais da construção e engenharia que dependem da interoperabilidade entre diferentes softwares para seus projetos. À medida que a modelagem da informação da construção (BIM) se torna cada vez mais essencial, a transferência eficiente de dados entre plataformas distintas é vital para garantir a integridade dos modelos e a qualidade das informações.